Pistas de Pouso de Garimpos em Roraima

Visualizar Ianomami Garimpos Gold Mining em um mapa maior
Com o aumento extremo recente da cotação histórica do ouro, várias atividades mineiras voltaram a ser economicamente viáveis.

O Instituto Socioambiental divulgou nota de uma associação de Ianomâmis (Yanomamis) chamada Hutukara, com as coordenadas geográficas das pistas de pouso que estão sendo utilizadas para reativar diversos garimpos em terras indígenas em Roraima. Com essas informações criei no Mapsgoogle o mapa acima.

Paulo Roberto Martini interpretou imagens de satélite recentes da área ( LANDSAT-5 de 11 de novembro de 2009); no escopo do Projeto Panamazônia II.

As imagens de satélite retratam a situação atual de utilização das pistas de pouso dos garimpos na Área Ianomâmi do Alto Rio Couto Magalhães. Existe evidência de utilização recente.

Clique aqui para obter apresentação com imagens de satélite da área. Para localização inicial foram utilizadas informações da Polícia Federal e do Instituto Socioambiental.

Banho de Represa

É meu amigo, quando você toma um banho de represa nem imagina toda a beleza da Física por trás daquelas condições perfeitas para o banho. Aqui já cabe o primeiro parênteses: Beleza e perfeição são diferentes para cada indivíduo. Mas, voltando ao reservatório, afinal, o que é aquilo lá? Numa definição simples não passa de um imenso lago artificial... Lagos são estudados pela limnologia.

O motivo de estar falando isso aqui foi uma discussão com um cara que entende muito de atmosfera. A gente comentava sobre porque, naquele dia, não dava para perceber a camada gelada que quase sempre existe no fundo da represa. Grandes massas de água tendem a manter suas características físicas ao se encontrar. Isso acontece principalmente pela diferença de densidade que acontece em consequência da temperatura; como óleo e água as duas massas de água não se misturam.

Fluidos quentes e frios, densidades diferentes, levam a pessoa a pensar em convecão; como na atmosfera. Porém na represa não é esse mecanismo que causa a estratificação, ou melhor, a quebra dela, a fonte de energia é o Sol que aquece o "topo", a superfície da coluna d'água. Muitos meteorologistas se confundem com isso, ao pensarem num modelo físico para o funcionamento dinâmico de um lago.

Na coluna de água do Reservatório do Jaguari em Jacareí/ São José dos Campos, e qualquer outro semelhante, a estratificação acontece na medida em que a água superficial diminui a densidade com o aquecimento e para de se misturar com a camada inferior que continua fria.

A mistura dessa água, que causa a quebra da estratificação, acontece quando a energia vinda do vento é suficiente para romper essas barreiras. Imagine um drink tropical de duas cores quando você mistura com o guarda-chuvinha.

Essa explicação é uma super simplificação de fenômenos limnológicos complexos. Existem variações espaciais, nictamerais, sazonais, estratificaçoes em várias camadas e etc. Agora é com você e com o google meu amigo, existe farto material online sobre o assunto. Mergulhe!!!

(Texto feito em homenagem ao Guto. Um amigo meu de pedal, de papos filosóficos & as vezes até epistemológicos!)

Powerhouse de Dados

Esse o nome do conto do Ray Bradbury, no livro "As Maçãs Douradas do Sol". Leia com cuidado, aqui nesse review da Revista Time, e me diga se não lembra o que acontece na Nuvem de Dados (Cloud Computing).

Nuvem de dados... Bem romântico, quando na realidade a coisa é mais como uma planta industrial; liberando indiretamente carbono pelo alto consumo de energia.

Me impressionou na juventude o conto do Ray Bradbury, Power House. Casa-de-Força onde um casal se abriga de uma tempestade no deserto. Lá ele falava da eletricidade pura, sem nenhum sinal, dados, mas funciona aqui do mesmo jeito. Zumbe a 60 Hertz do mesmo jeito.

O filminho mostra um dos recipientes de armazenamento de dados do Google. Primeira vez que eles mostram onde fica armazenado o seu GMail, seu filminho no Youtube, suas fotos no Panoramio e queijandos.

p.s. Durante a pesquisa para esse post achei essa pérola abaixo. Uma participação do Ray Bradbury num comercial de ameixas. O ano é 2001. Cadê os tubos???

Bastardos Inglórios & Semiótica Geo

Filme excelente do Quentin Tarantino. Pode ir assistir sem medo, qualquer coisa você fecha os olhos.

Se você gosta de mapas, cartografia ou qualquer coisa Geo (Terra), mantenha os olhos bem abertos. Note a importância dos mapas, tanto na cena regada a scotch onde Churchil passa a missão para o atentado terrorista, quanto naquela onde Adolf Hitler enraivecido brada loucamente com seu staff. Cenas densas de símbolos geográficos.

Note que o mapa imenso dos Nazistas encobre toda a parede, mas abrange apenas a Europa, Norte da África & Oriente Médio. Já os Ingleses, bom, é o Império onde o Sol nunca se põe, certo? Um mapa nem tão grande, belamente emoldurado, do Planeta Terra.

Angelina Jolie & o meu novo GPS

Calma, isso aqui ainda não virou o E!, o assunto aqui é a Popularização do Uso do GIS. Quem deu a dica sobre a Jolie foi a minha amiga Leila, da DPI, que me enviou o link para o Editorial na Revista Computers, Environment and Urban Systems. Nesse paper Daniel Z. Sui discute como a wikificação dos GIS (Geographic Information Systems) via mídias sociais está influenciando o futuro da tecnologia. Como exemplo cita a atriz Angelina Jolie que tatuou as coordenadas geográficas dos locais de nascimento dos seus filhos em seu braço.

Esse paper me lembrou de um curso que dei em 2006 "GOOGLE EARTH como Instrumento de Popularização de Sistemas de Informações Geográficas". A idéia na época foi apresentar essa ferramenta poderosa ao pessoal do ATUS, atendimento aos Usuários de Imagens de Satélite geradas na DGI do INPE. Mais do que apresentar o software, procurei discutir como o acesso irrestrito à geoinformação reflete em questões de cidadania, como justiça social e justiça ambiental; chegando até a questões semióticas, quando a mudança na compreensão dos símbolos espaciais repercute na estrutura da sociedade.

Nossa a coisa ficou hermética! Para desanuviar dois filminhos sobre como estou me equipando com um aparelho Garmin Oregon 300 para participar dessa revolução tecnológica. Uma evolução do meu Projeto GPEsse.

No filme acima faço uma breve demonstração da tela tipo touch. O danado tem capacidade de fazer survey, 12 canais, antena interna, bússola eletrônica, barômetro, 1GB nativo e 4GB em cartão microSD, interface miniUSB. Comprei depois de pesquisar o melhor GPS portátil para levantamento.

No segundo filme faço o download de dados direto do disco, sem nenhum software da Garmin e depois abro no GPSTrackmaker Grátis o primeiro tracklog do meu aparelho.

Acompanhe os testes do meu aparelho aqui no blog.

Meteoritos Gaúchos

Nasci em 1965, no Hospital de Aeronáutica de Canoas (HACO) no Rio Grande do Sul. Me perdoem o bairrismo, mas essa é em homenagem ao meu estado natal.

Para fazer a homenagem ninguém melhor que meu amigo e tovarich do INPE, Paulo Roberto Martini. Joseense do bom! Adesivo do Rio Grande & do Grêmio no carro. Guarda a erva mate numa lata de Yerba Taragui, mais Brasileiro que churrasco! Mas tá.

No filme, ele conta como foi sua Viagem de Campo para coleta de amostras de meteoritos no Rio Grande do Sul, junto à Prefeitura do Município de Arvorezinha. Descreve os meteoritos do Bairro Santo Antônio e do Pinhal Queimado. Ambos são sideritos de ferro com pouco níquel. Se você é da região, preste atenção. Devem existir pedras maiores, ainda não descobertas, por perto.

Se você é do planeta Terra, ou está aqui de passagem, veja na foto ao lado dicas da Dra Maria Elizabeth Zucolloto, Curadora de Meteoritos do Museu Nacional da UFRJ, para como achar meteoritos no seu quintal.

A principal dica é prestar atenção em pedras "pesadas demais". A densidade de meteoritos metálicos é 3 vezes a de uma pedra comum. Se achar que achou um meteorito encaminhe para o Martini no INPE, ou diretamente ao Museu Nacional.

Satélite da Índia, Imagem do Brasil

Imagem INPE/ISRO, processada por Oton Barros

Imagens do satélite indiano IRS p6 Resourcesat-1 / ISRO recebidas pela estação do INPE em Cuiabá começando a chegar na OBT em São José dos Campos. Acima imagem de Santarém no Estado do Pará.

A imagem acima é uma amostra que foi reprocessada no GIMP. Os canais foram decompostos, depois foi realizado um stretch de histograma, canal por canal. Na recomposição foram atribuídos canais diferentes para RGB, resultando em pseudo cor natural. Essa combinação de cores, além de facilitar o entendimento por leigos, destacou feições de interesse (e.g. arborização urbana, tratos culturais agrícolas & ecossistemas alagados).

Aqui a imagem original.

João Vianei, Coordenador da OBT e um dos principais negociadores do acordo, informa que "Em breve as imagens vão para o Catálogo do CDSR, como as do CBERS."

Bicicleta Maria-Mole

Em frente ao Açougue em São Bento do Sapucaí, esperando o fim do Desafio da Mantiqueira 2009, dei de cara com essa galera. Uma bicicleta maria-mole, me convidaram para andar mas declinei. Meu negócio é MTB. Essa bike nem pagando!

Galera do Açougue, valeu a dica da refeição honesta a sete pau na Cantina da Bel!

Espaço e Cerveja

foto Nasa
A conquista espacial passou por muita cerveja.

Hoje em dia é piada fácil rir do Maiko da Vila Xurupira, bródi do Zina, caso clínico de alcoolismo, quando ele pergunta no helicótero, sobrevoando a Cidade de São Paulo, "pode beber?" Mas já foi diferente.

A Revista New Scientist publicou em 2007, repercutindo alegações que astronautas da NASA teriam pilotado bêbado, um artigo sobre cerveja no espaço.

Entre outros fatos curiosos, comenta a "comunhão" regada a vinho do Buzz Aldrin e como os astronautas russos reclamaram quando ficaram sabendo que a Estação Espacial Internacional (I.S.S.) seria "a seco".

Mas isso não impediu o progresso da ciência. Um cara, Kirsten Sterrett, patrocinado pela Cervejaria Coors, escreveu uma Tese na Universidado do Colorado descrevendo experimento a bordo do Ônibus Espacial. Um kit de fermentação em miniatura, que chegou a produzir alguns goles de cerveja. Outros na Holanda já patentearam um sistema para beber a breja sem gravidade.

E os japoneses estão aí. O pessoal da Sapporo mandou cevada para o espaço naquele esquema dos russos. Um estudo científico junto à Universidade de Okayama, "Studies of Impact of Extreme Environmental Stresses on Barley", armazenou durante cinco meses o precioso cereal na I.S.S. Na volta a companhia produziu cerveja com o grão. Payback time dos russos aos americanos proibicionistas via Japão?

foto Sapporo

Mudança de Nome

Achei um nome mais legal e menos hermético. :)

A Revolução da Mídia Social

Está acontecendo, já notou?

Em inglês, sem som. É o anúncio de um livro, Socialnomics, que virou viral no youtube, Social Media Revolution.

Explica como as pessoas socializam online hoje e no que o autor, Erik Qualman, acha que isso vai dar.

Instigante. Vale para o Brasil?

Aqui Havia um Chafariz

No primeiro dia que eu entrei no INPE, em 1987, por coincidência o chafariz estava ligado. Agora foi demolido.

Isso me levou a pensar sobre como as coisas viram cinza, não pela ira de Deus, mas pelas mãos dos próprios homens; premidos pela marcha de um falso progresso. Reflexos de uma "formação de excelência" em um modelo militar da década de cincoenta?

Outro dia um engenheiro do ITA, em um carro grande, importado, a gasolina, quase passou por cima de mim na Avenida dos Astronautas em São José dos Campos.

Okey cara, faça isso, mas tira o decalque do carro né?

Inaugurando + 1 Blog

Mais um blog! Esse é o quarto, pode acompanhar sem medo que dificilmente isso vai virar "o meu diário" ou "olha a minha literatura".

Meu hobby é o MTB, mountain bike; 150 km de montanha por semana, consistente, desde 1995. Cheque o blog Capim com Poeira, uma operação de um homem só, onde passo, chuto, levanto e cabeceio no gol.

Aqui pretendo colocar, botar, postar o que eu quiser. A diferença é que eu assino embaixo e reflete minha visão pessoal.

Com esse objetivo vago e ambicioso, às margens do Rubicão, encerro o post prometendo só postar aqui quando ouver algo interessante!